O que os bancos reservam para quem quer comprar uma casa em 2024
09/03/2024 - Financiamento Imobiliário

Após dois anos de queda, a expectativa é que os empréstimos para compra e construção de imóveis residenciais com recursos da caderneta de poupança se estabilizem neste ano. Essa é a previsão da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que representa os bancos que oferecem financiamento habitacional com dinheiro proveniente da aplicação preferida dos brasileiros.
Em 2023, pelo terceiro ano seguido, os brasileiros sacaram mais do que depositaram na poupança. A captação líquida negativa foi de R$ 87,8 bilhões, segundo o Banco Central (BC).
A fuga dos recursos refletiu tanto a necessidade de uma fatia da população de lançar mão de reservas para arcar com despesas, em um ambiente de endividamento elevado, quanto a transferência de dinheiro para aplicações mais rentáveis em renda fixa por parte de quem busca melhor remuneração de suas economias.
Houve queda, no ano passado, de 14,6% do crédito habitacional originado da principal fonte de financiamento imobiliário do país, para R$ 153 bilhões. O “funding” da poupança financia, principalmente, habitações para a classe média, abrangendo também imóveis para o alto padrão – para a baixa renda, o dinheiro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é o recurso prioritário.
Os bancos que operam recursos da poupança precisam destinar 65% dos depósitos para o crédito imobiliário. Justamente dessa fonte de recursos é que sai o dinheiro mais barato para moradias das classes média e alta. Se a poupança se mostra menos atrativa para depósitos, passa também a ter também uma contribuição menor na composição do financiamento habitacional total.
Em dezembro 2021, o saldo de “funding” para habitação – incluindo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), FGTS, fundos de investimento imobiliário (FII), Letras Imobiliária Garantida (LIG), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e Letras de Crédito Imobiliário (LCI) – chegou a R$ 1,71 trilhão, com participação de 46% da poupança.
No fim de 2022, a poupança correspondeu a 40% do total de R$ 1,92 trilhão. Em dezembro do ano passado, a principal aplicação financeira dos brasileiros respondia por 34% do saldo de R$ 2,17 trilhões.
A mudança da composição da pizza pode ser interpretada de duas formas. O financiamento habitacional vem contando com mais instrumentos de captação, reduzindo a dependência da poupança. O outro lado é que se trata de dinheiro obtido de forma mais onerosa pelos bancos, resultando em custo maior para quem contrata um empréstimo para a casa própria.
Fonte: https://www.moneytimes.com.br/financiamento-imobiliario-bancos-reservam-para-quem-quer-comprar-casa-2024/
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